domingo, 20 de março de 2011

POEMAS IV

a sala era um deserto
eu fecho os olhos e, rápido, estou velho
tenho meus anéis e dedos e demência
na dose cera pra conter demônios, irritar meus anjos
confundir céu e inferno.
a calma, digo, o calmo azul do meu terno,
a rima me atrai como um inseto se enredando em tramas e teias (ia discorrer sobre um algoz longe, digo, distante e perto, digo, próximo, ...)
viu só como a rima me pega?!?
pronto! 
cheguei mais uma vez ao fim sem terminar nada,
sem, ao menos, saber do que (se) trata(m) este poema babel
e ainda
(após tantas inoportunas interrupções)
fico relendo e corrigindo meus erros e maculando e argh!
tudo termina neste já insuportável humor que me atormenta
a folha (que, diria, no original) barbiescamente ir

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